DEVERIA SER MEU

O madeiro era pesado,

Tosco e sem qualquer acabamento,

Pois sua função não era estética,

Mas punitiva em grau máximo.

Ao ser colocado sobre os ombros

Seu peso era sentido,

E a cada passo esforço maior exigia,

Até que as forças se esvaíram.

Os pregos rasgaram a carne e nervos,

Penetrando violentamente no madeiro,

A dor tornou-se insuportável,

E o grito de agonia se fez ouvir.

Mas o mais cruel deste relato,

É que Aquele que tudo isto suportou,

Nada fez por merecer,

Pois aquele terrível madeiro,

DEVERIA SER MEU.

COMPANHIA PERMANENTE

Quando sinto a relva macia e verde,

Bem como o burburinho das águas tranqüilas,

O meu coração é tomado pela sensação de paz,

Pois sei que Ele esta comigo.

Mesmo quando subitamente,

Adentro a um vale escuro,

 E me vejo cercado,

Por todos os meus maiores temores,

Ainda assim sinto uma tranqüilidade inesplicável,

Pois sei que Ele permanece comigo.

Finalmente, quando percebo

Que minha jornada esta por acabar,

E que nada mais há para realizar,

Estou totalmente preparado,

Pois sei que Ele estará comigo sempre.

MENINO E MENINA

Bons os tempos em que a vida era tão simples;

tão cheia de sonhos impossíveis;

repletos de expectativas juvenis;

Tempo de ser menino e menina.

Época de cantigas e brincadeiras,

de ver a vida pelo prisma do arco íris;

onde os problemas são pequenos e a vida é imensa;

Tempo de ser menino e menina.

Gostaríamos de poder voltar atrás,

mas o tempo implacável não retrocede.

Todavia, é possível resgatar,

ainda que apenas um pouquinho,

daqueles bons e incríveis tempos,

De menino e menina.

SOSSEGAI

SOSSEGAI

No tumulto da vida,

Quando tudo parece dar errado,

Quando as forças começam a desaparecer,

A voz de Jesus se faz ouvir: SOSSEGAI!

Quando a calmaria da vida,

É tomada pela violência dos ventos,

Pela voragem das águas,

Da tempestade repentina que surgiu,

Ouve-se a voz poderosa de Jesus: SOSSEGAI!

Nos momentos em que somos tomados,

Por uma terrível sensação de solidão;

Mesmo estando em meio à multidão;

E sentimos toda nossa debilidade;

Haveremos sempre de ouvir,

A voz doce e amorosa de Jesus: SOSSEGAI!

Rev. Ivan Pereira Guedes